Lição 5 A Promessa de Salvação

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD | Data da aula: 3 DE NOVEMBRO 

Revista: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

TEXTO ÁUREO

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)

VERDADE PRÁTICA

A promessa da vida eterna é a maior bênção divina para todo aquele que crê em Jesus Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Nm 21.4-9

A Serpente no deserto como um tipo de Cristo

Terça – At 4.12; Rm 6.4-11

Livres da escravidão do pecado e da condenação

Quarta – Rm 5.1

Justificados e tendo plena paz com Deus

Quinta – Jo 16.7-11

A operação do Espírito Santo para a salvação

Sexta – Rm 8.16,17; 2 Co 5.17

Andando como nova criatura e em novidade de vida

Sábado – At 14.21,22; Hb 2.1-3

O cuidado contra a apostasia individual

Hinos Sugeridos: 277, 39, 491 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 3.14-21

14- E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,

15 para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18- Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.

20 – Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.

21-Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.

INTRODUÇÃO

A Salvação é um dos mais importantes temas das páginas da Bíblia, pois é a principal promessa de Deus para a humanidade. A doutrina bíblica da salvação leva-nos a conhecer quão grande é o amor de Deus para com o ser humano. É, exatamente, isso o que nos mostra o Evangelho de João no capítulo 3, em que estudaremos a promessa da salvação, sua natureza e perseverança.

PALAVRA CHAVE: SALVAÇÃO

I – A PROMESSA DA SALVAÇÃO

1. Uma maravilhosa salvação.

A Leitura Bíblica em Classe nos lembra a passagem bíblica do Antigo Testamento em Números 21.4-9, que trata de um ato simbólico em que a cura física seria uma realidade para quem olhasse para a Serpente de Bronze no deserto, e teria a maldição removida de sua vida. Semelhantemente, o sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário proporciona redenção para a alma carente de salvação (Jo 3.14,15).

Dessa forma, o amor de Deus é revelado nas Escrituras de uma maneira que não se pode mensurar, ao ponto de entregar o seu Único Filho para salvar aquele que crê (Jo 3.16). Essa preciosa promessa traz duas realidades: 1) a de que quem crê não será condenado (Jo 3.18); 2) a de que quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Logo, a salvação é um maravilhoso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

2. A obra de salvação.

O Evangelho de João nos mostra que a obra de salvação é uma providência de Deus para salvar o ser humano de uma condenação eterna. No sentido geral, a palavra “salvação”, que vem do grego soteria, traz um sentido de “livramento de perigo, de ameaça” (Lc 1.69,71); “saúde” (At 27.34); “livramento da prisão” (Fp 1.19); “livramento do dilúvio” (Hb 11.7). Dessa maneira, a salvação propriamente dita tem a ver com os que recebem a Cristo Jesus como seu suficiente Salvador. Quando isso acontece, somos imediatamente libertos da escravidão do poder do pecado e da condenação eterna (At 4.12; Rm 6.4-11).

3. O Salvador.

A obra de salvação tem como base a entrega do Filho de Deus como aquEle que pagou o preço do pecado. Jesus é o nosso Salvador, como bem expressa o termo grego, sõter, “salvador, libertador, preservador, conservador”, (Lc 2.11; Jo 4.42; At 5.31; 2 Pe 1.11). Assim sendo, o Evangelho de João nos revela que todo ser humano foi corrompido pelo pecado e, por isso, precisa de um Salvador. Esse Salvador, revelado em João 3-16,17, nos garante a gloriosa promessa de Salvação: “todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Quem se arrepende, crê e permanece em Jesus, jamais perecerá eternamente.

SINOPSE I

A salvação é um precioso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

II – A NATUREZA DA PROMESSA DE SALVAÇÃO

Podemos compreender a natureza da Promessa de Salvação estudando alguns aspectos salvíficos dessa grande obra.

1. Justificação.

Um dos aspectos da obra salvífica que está apresentado em termos bíblicos é a “justificação”. Quem é alcançado pelo Evangelho de Cristo, e crê no Filho de Deus com todo o seu coração, é “declarado justo”, isto é, livre da culpa e do merecimento da punição divina. Ele não é mais condenado; está declaradamente absolvido. É um salvo! Por intermédio da Justificação, o pecador é visto por Deus como se não houvesse praticado transgressão alguma. Dessa forma, fomos justificados e, por isso, temos plena paz com Deus por intermédio do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Rm 5.1).

2. Regeneração.

Para que a obra de Salvação, apresentada no Evangelho de João 3, se manifeste na vida do salvo, é necessário que ocorra a Regeneração, denominada de Novo Nascimento no mesmo capítulo (Jo 3.1-6). Uma pessoa que nasce de novo passa por um processo de transformação interior em que o coração sofre uma mudança radical por intermédio do Evangelho, mediante o poder do Espírito (Jo 16.7-11). Essa obra é feita diretamente pelo Espírito Santo. Então, o pecador se torna filho de Deus, nova criatura que anda em novidade de vida (Rm 8.16,17; 2 Co 5.17). Uma vez que nascemos de novo, passamos a fazer parte da família de Deus (Hb 2.11).

3. Santificação.

A santificação é um aspecto da salvação como resultado da obra do Calvário de nosso Senhor Jesus. Em primeiro lugar, por meio da Justificação e da Regeneração, somos santificados por Deus de maneira posicional, ou seja, imediatamente. Em segundo lugar, somos santificados de maneira progressiva por meio do relacionamento com Cristo. Esse processo ocorrerá até o advento da nossa glorificação final por ocasião da transformação do nosso corpo no advento do Arrebatamento da Igreja, pois teremos um corpo semelhante ao de Jesus ressurreto (Fp 3.21). Portanto, a obra de salvação exposta no Evangelho de João é completa.

SINOPSE II

Podemos compreender a natureza da Promessa de Salvação estudando alguns aspectos salvíficos dessa grande obra: justificação, regeneração e santificação.

AUXÍLIO BÍBLICO

Professor (a), explique que o segundo tópico da lição vai tratar dos aspectos salvíficos da promessa da salvação: regeneração, justificação e santificação. Como não há espaço suficiente, vamos enfocar aqui o primeiro aspecto que é a Regeneração. Então, inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é a regeneração?” Explique que “a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim.

Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que aconteceu. O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a devoção (Tt 3.5), porém a mais comum é a de ‘nascer’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos gerou de novo para uma viva esperança’ (1 Pe 1.3).

É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito no nosso caráter moral” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.371).

 

III- PROMESSA E PERSEVERANÇA NA SALVAÇÃO

1. A base da promessa de salvação é Cristo.

João 3 mostra, com clareza, que o nosso Senhor é o centro da promessa de nossa salvação. Deus escolheu um povo dentre pessoas pecadoras que se arrependeram e creram em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Ef 1.4; 2 Ts 2.13,14). Logo, a Igreja de Cristo, o povo de Deus, é constituída de pessoas unidas ao Senhor Jesus (Ef 1.9,10). Assim, fazemos parte do Corpo de Cristo e isso só é possível por causa da obra consumada no Calvário (Ef 1.7).

2. A Apostasia Individual.

Nas Escrituras também encontramos uma grande advertência concernente à promessa da Salvação. A Bíblia nos mostra que a salvação não é incondicional, pois as pessoas podem resisti-la (Jo 3.18-20). E, também, mostra que os que a receberam, experimentaram o amor e o perdão de Deus, podem romper esse relacionamento, rejeitando por completo os ensinos fundamentais revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem como tornando-se novamente escravos da prática do pecado (apostasia moral). A isso denominamos “apostasia”, que implica uma rebelião contra Deus, abandono proposital da fé que uma vez nos foi entregue. Há diversos registros bíblicos que confirmam essa possibilidade (At 14.21,22; 1 Tm 6.10-12; Hb 2.1-3).

3. A Promessa e a Segurança da Salvação.

A promessa de Salvação também nos traz uma consoladora certeza, aquela mesma que o apóstolo Paulo escreveu: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). O ensino bíblico do Novo Testamento afirma que, ao passar pela morte, o salvo já está imediatamente com Cristo. Assim, os que creem em Cristo, se submetem a Ele como o seu Senhor e, mediante um relacionamento pessoal com Cristo, estão definitivamente seguros para a vida eterna (1 Jo 5.13).

SINOPSE III

O nosso Senhor Jesus Cristo é o centro da promessa de nossa salvação.

AUXÍLIO DIDÁTICO

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “A promessa da salvação é incondicional?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, explique que a Bíblia nos mostra que a salvação não é in- condicional, pois as pessoas podem resistir-la. Esclareça que os que a receberam também podem romper esse relacionamento com Deus, rejeitando por completo os ensinos revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem como tornando-se novamente escravo da prática do pecado (apostasia moral). Por isso não devemos negligenciar o estudo da Palavra de Deus, a oração, o jejum e a comunhão com os santos. Sem a Palavra de Deus e as disciplinas da vida cristã nos tornamos uma presa fácil para o Inimigo e acabamos sucumbindo em meio às falsas doutrinas da atualidade.

CONCLUSÃO

A Promessa da Salvação nos lembra de que não podemos descuidar da nossa conduta diante de Deus e do mundo. A salvação, em primeiro lugar, depende de Deus, que estende sua mão ao pecador perdido. Mas também é necessário que o ser humano aceite humildemente o amor e a graça de Deus em seu favor. Quem crê em Jesus é salvo, mas quem o rejeita permanece perdido em delitos e pecados (Ef 2.1).

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais são as duas realidades que se apresentam na promessa de salvação?

Essa preciosa promessa traz duas realidades:

1) a de quem crê não será condenado (Jo 3.18);

2) a de quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Logo, a salvação é um maravilhoso presente de Deus para todos os que creem em seu Filho.

2. Qual é a base da obra de salvação?

A obra de salvação tem como base a entrega do Filho de Deus como aquEle que pagou o preço do pecado.

3. Na justificação, como o pecador é visto por Deus? Por intermédio da Justificação, o pecador é visto por Deus como se não houvesse praticado transgressão alguma.

4. Quais os dois tipos de santificação, conforme nos ensina a lição?

Santificação posicional e santificação progressiva.

5. Cite textos bíblicos que apresentem a possibilidade da apostasia individual na vida de um salvo.

Atos 14.21,22; 1 Timóteo 6.10-12 e Hebreus 2.1-3.


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